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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

FREI AGOSTINHO DA CRUZ

( Portugal )

 

 

Agostinho Pimenta, mais conhecido como Frei Agostinho da Cruz, foi um frade e poeta português. Nascido Agostinho Pimenta, adoptou o nome Frei Agostinho da Cruz aos vinte e um anos de idade quando se tornou frade arrábido. Wikipédia

Nascimento3 de maio de 1540, Ponte da Barca, Portugal

Falecimento14 de maio de 1619, Setúbal, Portugal

Morte14 de março de 1619 (78 anos); Setúbal

LivrosVarias poezias do veneravel padre Agostinho da Cruz

 

 

 

Perdi-me dentro de mim, como em deserto,
minha alma está metida em labirinto.
Contino contradigo o que consinto,
Cem mil discursos faço, em nada acerto.

 

Vejo seguro o dano, o bem incerto;
Comigo porfiando me desminto,
O que mais atormenta, menos sinto,
O bem me foge, quando está mais certo.

E se as asas levanta o pensamento
Àquela parte, onde está escondida
A causa deste vário movimento,

Transforma-se por não ser conhecida,
Porque quer a pesar do sofrimento
Pôr as armas da morte em mão da vida.

 

 

DA SERRA DA ARÁBIDA

 

Do meio desta Serra derramando
A saudosa vista nas salgadas
Águas humildes, quando e quando inchadas,
Conforme o vário vento vai soprando.

Estou comigo só considerando,
Donde foram parar cousas passadas,
E donde irão presentes mal fundadas,
Pois pelos mesmos passos vão passando.

 

Oh qual se representa nesta parte
Aquela derradeira hora de vida
Tão devida, tão certa, e tão incerta!

Em quantas tristes partes se reparte,
Dentro nest´alma minha entristecida,
A dor, que em tais extremos me desperta!

 

 

AO TRISTE ESTADO

 

Passa por este triste vale a primavera,
As aves cantam, plantas reverdecem,
As flores pelos campos aparecem,
O mais alto do louro abraça a hera,

 

O brando mar menos tributo espera
Dos rios, que mais brandamente decem,
Os dias mais fermosos amanhecem,
Não para mim, pois sou quem dantes era.

 

Espanta-me o porvir, temo o passado;
A mágoa choro de um, doutro a lembrança,
Sem ter já que esperar, nem que perder.

 

Mal se pude mudar tão triste estado;
Pois para bem não pode haver mudança,
E para maior mal não pode ser.

 


*

 

 

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Página publicada em novembro de 2021


 

 

 
 
 
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